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Oitenta vezes pode ser muito, um exagero talvez, mas o que deve levar-se em conta é que muito foram as preocupações numa década em que o Brasil discutia uma identidade e os rumos da nação brasileira. Uma década em que todos tinham algo a dizer - políticos, militares, empresários, trabalhadores, médicos, educadores, artistas e intelectuais. Semana de Arte Moderna de 1922, reforma das instituições - a começar pela Constituição de 1891, reorganização da sociedade brasileira. De um lado acelerava-se a industrialização, a urbanização, o crescimento do proletariado e do empresariado. Do outro, permanecia a tradição colonialista, o latifúndio, o sistema oligárquico e o desenvolvimento desigual das regiões. Mas havia também intelectuais preocupados em apresentar propostas para a melhoria de um Estado em mudanças. Sobre esse contexto nasce Ariano Suassuna.
Matéria do Jornalista:
Felipe Cartier